sexta-feira, 16 de março de 2012

RICKY HOOVER



O que gostaria que as pessoas aprendessem com sua música?
Que elas não estão sozinhas.


Esta é uma não entrevista. Uma quase entrevista. Não deveria ser chamada de entrevista, ou, definitivamente, é uma entrevista. Que quase não aconteceu, ou não aconteceu, vai saber.


Ricky Hoover é vocalista da banda de deathcore Suffokate, cuja história se mistura com a onda do metalcore que tem crescido cada vez mais nos EUA e conquistado o gosto e a atenção adolescente. Não que a Suffokate possa simplesmente ser classificada como metalcore, há diferenças significativas entre os sons e variedade vocal, mas o lado gutural do death metal, os resquícios de hardcore, o momento atual do rock, e sobretudo a imagem de Ricky o tornam um ídolo do mesmo público.

Que importância percebe na sua interação com fãs pelas redes sociais?
Eu não sei se isso é importante para ter sucesso, porque muitos caras de bandas não interagem com todos os fãs. Eu apenas curto.

Ricky é californiano, tem 27 anos, mais de um 1,90m e boa parte do corpo tatuada, além de impressionantes alargadores de 7 centímetros de diâmetro. Tenta ser um cara normal, um não artista, ou melhor dizendo, uma não celebridade, que conversa diariamente com seu público por meio de seu perfil no tumblr. Tenta. Desliza quando lhe convidam para uma entrevista, quando esse termo “formal” é usado, e decide ter toda a preguiça do mundo para dizer qualquer coisa. Consegue quando responde com simpatia a perguntas anônimas, de todo tipo. Gosta de molecagens, admitindo peidar enquanto berra em suas músicas, e falando de sexo o tempo todo – embora muitas da vezes se mostre inexperiente e um tanto careta.

Qual seu maior fetiche?
Eu ainda quero ter uma garota que me faça um oral profundo, em que seus lábios toquem minha barriga e sua língua lamba minhas bolas. Este é um. Também gostaria de ver duas garotas se tocando, mas ainda tem mais [risos].

Assim, numa conversa que quase não sai, ele comenta que recebe tantas perguntas absurdas dos fãs pelo tumblr que não se lembra da pior (ou melhor) delas. Que sua família o apoia totalmente, e não se choca com seu som ou sua aparência. Que pensa em suicidar-se, daí o tema recorrente em suas músicas. Que odeia a indústria da música. Que escolheu o death metal porque é "divertido" e que o sucesso atual das bandas com vocal gutural se dá simplesmente porque "a garotada curte um vocal pesado".
Que pensa que uma banda que abordasse a homossexualidade em suas canções sofreria preconceito na cena. Mas ele não tem preconceitos, "tem amigos gays". Que costuma cantar suave nos tempos livres, que gosta muito de Adele, nunca ouviu Asking Alexandria (banda metalcore de sucesso atual). Ele também não é muito chegado em sexo anal, e seu pau mede "alguns milhões de metros".

Sua garganta não machuca com os gritos que dá em sua música?
Não. Quando você faz do jeito certo, você não grita com toda força de seus pulmões, você projeta seu diafragma e manipula o som com sua garganta e boca. Então você nunca perde sua voz. É o jeito certo de fazer.

A minha preguiça também é enorme. Mas decidi registrar essa não entrevista mesmo assim, com perguntas oficiais, não oficiais, de terceiros... percebendo sempre que não celebridades podem não existir. Ou vai que existem.

Fato é: ele adora pornografia, filmes de terror (seu preferido é A hora do pesadelo, o meu preferido também) e adora gatos. E não é possível, meus caros, que alguém que goste de gatos seja uma pessoa ruim.

E se gatos fossem a última comida do planeta?
Eu morreria.

Fotos: tumblr e ink and honor.


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