Antes dos emos, o Bon Jovi já existia, e com muito mais “sex appeal”. Suas músicas românticas, seu grande alcance popular e, principalmente, a beleza e o carisma do vocalista, sempre com tufos e tufos de pêlos à mostra, botam no chinelo qualquer roqueirozinho que queira se dizer sensível hoje em dia.
Não há muito o que dizer. Eles não revolucionaram nada, não criaram nada, apenas vieram e apresentaram o seu sexo e o seu rock and roll. Sem drogas: Jon, fofinho e caretinha, até já declarou que fumou maconha, mas uma vez só, e definiu a experiência como “terrível”. No mais, “apenas” música. Surgiram lá pelo início dos anos 80 com um álbum homônimo e estão na estrada até hoje, passados alguns hiatos e projetos paralelos dos integrantes. Alguém em algum lugar os definiu como hard rock, e há quem realmente respeite o som dos caras. Outros, ao contrário, os jogam no limbo do “metal farofa”.
Tiveram muitos, muitos sucessos. Inegavelmente grandes músicas pop que dominavam o mundo e os ouvidos das pessoas. É daquelas canções que você até pode dizer que não gosta, mas vai se divertir e cantarolar se as ouvir tocar por aí. Os clipes exploravam sem dó a imagem e a sexualidade de Jon Bon Jovi. O vídeo de Always, sucesso de Cross Road, de 94, e o de Blaze Of Glory, do disco solo de mesmo nome de 90, foram boas fontes de “alegria” pra mim. Jon tá lindo lindo nesses clipes e considero seu peito cabeludo patrimônio da humanidade musical. Pena que depois de quarentão ele decidiu se depilar. Um pecado!
Até penso sobre o preconceito que existe por esses galãs do rock. É certo que geralmente eles fazem um som mais ameno, cultivam uma imagem menos polêmica, despertam a admiração geralmente apenas das mulheres (o que já me disseram ser mau sinal, pois uma banda que só atrai mulheres “com certeza é ruim”), mas talvez desprezá-los de todo seja uma besteira. Jon, por exemplo, cumpre muito bem um papel que herdou de Elvis Presley, nesse sentido da exploração da sensualidade. Beleza que Jon nasceu numa época em que muita gente fazia isso... Mas poucos só mereceram tanta repercussão. E se fizessem aquela listinha lá dos dez mais gostosos, acho que ele também estaria nela. Jon com suas camisas bem abertas exalava sexo. E isso é puro rock and roll.
Tudo bem, ele pode não ser assim um mito do rock, mas é simpático, tem pleno domínio de público e palco, é inteligente, passou a vida cantando penetrantes canções de amor, seduzindo as carnes fracas como a minha, e se divertindo. Nada demais, tudo de bom. Acho que ele é boa gente, e merece um boquete bem feito, né não?